A Refinaria de Petróleo da província de Cabinda fica concluída e entregue ao Governo já no próximo mês (Setembro).

A infra-estrutura vai gerar mais-valia interna à economia nacional com empregos directos e indirectos, com foco na auto-suficiência, na oferta de derivados, cujos números actuais rondam (dados do JEF) a desembolsos anuais acima dos 2,5 mil milhões de dólares (mais de 2 biliões de kwanzas) com as importações.

No discurso de abertura que proferiu, sábado, em Benguela, durante a cerimónia inaugural da V Edição da Feira dos Municípios e Cidades de Angola, o Presidente João Lourenço garantiu, igualmente, que a atenção prestada à refinaria estende-se a outros projectos de referência na economia. Recordou, por exemplo, que em Benguela está em andamento o projecto de construção da Refinaria do Lobito, que vai tirar o país da dependência da importação de refinados do petróleo, nomeadamente o gasóleo e a gasolina, obras retomadas depois de muitos anos paralisadas.

A mesma atenção, garantiu, esta-se a dedicar a outras infra-estruturas estruturantes indutoras do desenvolvimento nacional, como são os casos do Porto de Águas Profundas do Caio em Cabinda, da requalificação do Porto do Namibe, a inaugurar ainda no decorrer deste ano da construção e reabilitação de estradas nacionais e municipais em todo o país, da melhoria e expansão das redes de telecomunicações, dos sistemas de abastecimento de energia e água, entre outras acções.

O Executivo angolano continua a investir de modo sustentado em infra-estruturas e a implementar políticas públicas nos mais variados domínios, como Educação, Saúde, Abastecimento de Água e de Energia Eléctrica, Habitação, Vias de Comunicação, Transporte e Logística, por serem essenciais para a promoção do bem-estar da população e promover o crescimento da actividade económica, desenvolvida pelo sector Privado.

O exemplo de Benguela está no projecto das infra-estruturas integradas que estão a dar um novo rosto às cidades de Benguela, Lobito e Catumbela, existindo acções em curso também de requalificação de outras sedes municipais em vários pontos do país.

“As infra-estruturas económicas e sociais que dão suporte ao nosso desenvolvimento e que foram construídas com a dedicação e os recursos de todos nós, devem ser valorizadas e protegidas por todos”, afirmou o Presidente de Angola. A V Edição da Feira dos Municípios e Cidades de Angola, pela primeira vez, realiza-se com 21 províncias e 326 municípios, no quadro da nova Divisão Político-Administrativa do país.

O evento celebra os 50 anos desde que Angola alcançou a Independência, passando os angolanos a ser os obreiros do seu próprio caminho e os agentes activos do seu próprio destino. É a primeira edição que se realiza após a entrada em vigor da nova Divisão Político-Administrativa, medida tomada para, de entre outros objectivos, permitir acelerar o desenvolvimento económico e social de algumas parcelas do território nacional, aproximando o poder do Estado e seus serviços aos cidadãos.

“Este 50° Aniversário não é apenas uma mera comemoração, mas uma ocasião para que o povo angolano reforce o seu sentido de pertença, celebre os seus avanços e, colectivamente, se prepare para enfrentar os desafios futuros”, disse João Lourenço, Presidente da República de Angola e da União Africana. &