A Lei da Nacionalidade Portuguesa, a ser adoptada, vai ter em consideração a relação privilegiada que Portugal tem com os países de língua portuguesa, em particular com Angola, assegurou ontem, em Luanda, o secretário-geral do Partido Social (PS), depois do encontro com o Presidente da República, João Lourenço, na Cidade Alta.
José Luís Carneiro disse que o PS esteve sempre disponível para aperfeiçoar quer a Lei de Estrangeiros, quer a Lei da Nacionalidade, reforçando que a ideia foi permitir que esta última tenha em consideração o eixo fundamental da política externa portuguesa, assente nas relações de amizade privilegiadas com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
"Nós, com esta visita, constatamos que o modo como as propostas apareceram perante a opinião pública causaram estranheza e receio em relação às opções que possam vir a ser tomadas e, portanto, aquela que é a nossa garantia é a de que nós procuraremos garantir que a Lei da Nacionalidade corresponda a esta relação histórica e cultural, linguística, de amizade, de cooperação e até de consanguinidade", destacou José Luís Carneiro.
O secretário-geral do PS disse ter abordado, também, com o Chefe de Estado, o contributo da comunidade angolana no processo de desenvolvimento de Portugal.