• Angola apresenta visão estratégica para o Corredor do Lobito nas Reuniões da Primavera do FMI e do Banco Mundial


    No âmbito da participação da delegação angolana nas Reuniões da Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, teve ontem lugar, em Washington D.C., uma mesa-redonda promovida pelo Atlantic Council, dedicada ao Corredor do Lobito enquanto vector estratégico para o desenvolvimento económico de Angola e da região.

    A sessão contou com a presença da Ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, que chefia a delegação angolana, e do Ministro dos Transportes, Ricardo Viegas d’Abreu, que participou na qualidade de orador convidado.

    De acordo com uma nota de imprensa, durante o encontro, a Ministra das Finanças destacou o papel do Corredor do Lobito enquanto catalisador para o investimento estrangeiro, sublinhando a importância da criação de incentivos fiscais, mecanismos de financiamento sustentáveis e a necessária estabilidade macroeconómica como factores determinantes para a atracção de capital privado e a dinamização do comércio intra-africano.

    O Ministro dos Transportes enquadrou a abordagem estratégica do Corredor do Lobito como um verdadeiro Corredor de Desenvolvimento Económico, apelando à comunidade internacional para olhar para esta infra-estrutura como uma plataforma de integração regional e de promoção da cadeia de valor local, assente numa parceria eficaz entre o sector público e o sector privado.

    “A criação de um quadro fiscal atractivo, combinado com soluções de financiamento inovadoras, permitirá consolidar o Corredor do Lobito como um eixo económico de referência, potenciando o papel de Angola como plataforma logística e comercial no continente africano”, sublinhou a Ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa.

    O Ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu, afirmou na sua intervenção que “o verdadeiro objectivo de Angola com este projecto é o de transformar o Corredor do Lobito num autêntico Corredor de Desenvolvimento Económico, com o apoio imprescindível do sector privado nacional e estrangeiro. A nossa ambição é consolidar um ambiente propício ao investimento, para que o sector privado possa desempenhar um papel activo na criação de valor e de emprego, e no crescimento sustentado.”

    Esta iniciativa insere-se no contexto da presidência angolana da União Africana em 2025 e do 50.º aniversário da independência nacional, marcos históricos que reforçam o compromisso de Angola com a integração africana, o desenvolvimento sustentável e a modernização das suas infra-estruturas estratégicas.