• Acto político marca celebração da Batalha do Cuito Cuanavale na África do Sul


    O Freedom Park (Parque da Liberdade), sítio de memória localizado na cidadede Pretória, na República da África do Sul, foi palco, este Domingo , 23 de março , de um evento de comemoração e reflexão em torno da batalha do Cuito Cuanavale.

    Esta importante batalha, a maior da África Subsaariana e a maior do continente desde o final da Segunda Guerra Mundial, teve lugar entre 1987 e 1988, e desencadeou uma série de eventos que culminaram com a independência da Namíbia, a libertação de Nelson Mandela e consequente queda do regime do apartheid na África do Sul.

    Um conflito e período da história que, cruzaram os destinos de homens e
    mulheres de várias nacionalidades, evidenciaram a importância da
    solidariedade por causas de liberdade e auto-determinação dos povos e
    deixaram um legado de união entre países africanos. Neste contexto, o Ministro do Desporto, Artes e Cultura da República da África do Sul, convidou o seu homólogo de Angola, Ministro da Cultura, Filipe Zau, e os embaixadores de Cuba, Namíbia e Rússia, representantes dos países envolvidos na batalha do Cuito Cuanavale, para juntos comemorarem o 37º. Aniversário do conflito e para uma discussão em torno da importância daquele evento.

    Depois de uma breve conversa entre os dirigentes, logo após o início da
    actividade, os dois ministros, acompanhados pelos embaixadores, renderam
    homenagem aos soldados tombados durante o conflito, diante da “parede dos nomes”, onde estão imortalizados mais de 185 mil nomes de heróis, nacionais e estrangeiros, tombados pela causa da libertação da África do Sul, em vários conflitos, incluindo a batalha do Cuito Cuanavale.

    A cerimónia de comemoração foi liderada pelo Ministro do Desporto Artes e
    Cultura da África do Sul e teve como ponto alto, uma sequência de intervenções do anfitrião, outras entidades do sector patrimonial e as entidades convidadas.

    Durante o seu discurso, Gayton McKenzie enalteceu a solidariedade de Angola, Cuba e Rússia (à altura do evento histórico União Soviética) pela causa da liberdade dos povos sul-africano e namibiano e reconheceu a importância da batalha do Cuito Cuanavale na queda do regime racista do apartheid.

    Por sua vez, Filipe Zau lembrou o espírito de união e africanidade engajados
    naquele conflito e em todo processo de luta pela libertação da África Austral,
    apelando, deste modo, e no espírito de uma cada vez maior aproximação que
    tem sido registada entre Angola e África do Sul, que “deveremos ter sempre
    presente, que juntos somos mais fortes, para enfrentarmos os desafios do futuro, em prol de uma África de paz e prosperidade.”